O toque é dos primeiros sentidos, que desenvolvemos ainda in utero e é o último sentido que perdemos, na nossa etapa final da vida.
A pele, por sua vez, é o maior orgão que temos e é aquele através do qual sentimos o Mundo.
Segundo Montagu, os seres humanos não sobrevivem sem o toque, sendo este uma necessidade comportamental básica.
Pelos anos de 1890 e 1900, muitas das crianças que ficavam aos cuidados de saúde, eram abandonadas pelos pais. A estes internamentos estavam inerentes a restrição dos pais poderem ver ou estarem com os seus filhos, justificada pela grande taxa de mortalidade associada, segundo os profissionais, às infecções. Posteriormente constataram que as crianças que permaneciam internadas por longos períodos, quando tinham alta, muitas vezes eram vítimas de maus-tratos. Budin observou, que as mães a quem não era permitido participarem nos cuidados das crianças não chegavam a conhecer as necessidades destes, perdendo o interesse por eles, concluindo que a vida destas crianças era salva, ao custo da perda da mãe.
Podemos concluir, que não só o toque é importante por ser uma forma de conhecermos o mundo, mas também um modo de aproximar-nos das pessoas mais queridas, das pessoas que nos transmitem segurança, tornando-se de um recurso muito importante para a ligação de apêgo.
